Por uma <i>Petrogal</i> pública
Está a ser distribuído aos trabalhadores da Petrogal/Galp um comunicado do PCP em que se defende a nacionalização da GalpEnergia. Nesse documento, a Comissão Coordenadora das Células do PCP na empresa considera esta a forma de dar corpo ao imperativo de colocar as empresas estratégicas «ao serviço do povo e dos interesses nacionais» e não, como sucede, ao serviço da «acumulação de capital dos grupos económicos».
Num momento em que se está perante uma «verdadeira corrida por parte de vários grupos económicos nacionais e internacionais para a obtenção do controlo accionista da Petrogal/Galp», inseparável dos elevados lucros que a empresa tem alcançado, os comunistas rejeitam que o Governo de José Sócrates tenha defendido os interesses nacionais ao intervir muitas vezes em favor de capitalistas portugueses. O accionista nacional de referência, Américo Amorim, paga os seus impostos na Holanda, onde beneficia de um regime fiscal mais favorável, e guindou-se à posição de homem mais rido de Portugal após ter entrado no capital da petrolífera nacional.
Para os comunistas, a Petrogal/Galp é uma «empresa estratégica para o País, para a sua economia, e insere-se nos chamados monopólios naturais». Face à intenção do PS e PSD, patente no PEC e no Orçamento do Estado, de privatizar o que resta da empresa nas mãos do Estado, a Comissão Coordenadora considera «imprescindível o seu retorno ao sector empresarial do Estado de modo a permitir a execução de uma política energética coerente e possibilitar o desenvolvimento económico, nomeadamente na área dos preços dos combustíveis».